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Plataforma da Petrobras no Rio de Janeiro Foto: Fabio Motta/Estadão
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, alerta para o risco do imbróglio envolvendo a Petrobras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em torno da Margem Equatorial respingar no leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), previsto para junho.
“Evidentemente quando as empresas colocam um preço no leilão, levam em consideração todos os elementos de valor. Um deles é se existe já licença prévia. Então, a não existência da licença prévia é claro que pode impactar, sem dúvida”, diz ele, em entrevista exclusiva ao Broadcast, às margens da Offshore Technology Conference (OTC), em Houston.
Do total dos blocos que serão ofertados pela ANP, 65 estão localizados na Margem Equatorial, sendo 47 na Bacia da Foz do Amazonas.
Trata-se do mesmo local onde a Petrobras tenta perfurar o primeiro poço após ter o seu pedido negado pelo Ibama, em 2023. O leilão está agendado para o dia 17 de junho.
“Sem dúvida, o valor pode ser afetado por conta desse índice de insegurança”, reforça Ardenghy.
Apesar disso, ele afirma que está “otimista” com as chances de obtenção da licença do Ibama pela Petrobras.
“Estou otimista de que a licença vai sair porque foi tudo absolutamente cumprido. Essa é uma atividade segura e o Brasil é líder mundial”, justifica.
Por outro lado, caso a licença do Ibama saia, será positivo para o leilão, prevê o presidente do IBP.
Segundo ele, a Margem Equatorial dominou os debates da OTC, com grande interesse estrangeiro no tema.
O fato de a Guiana ter tido sucesso na extração de petróleo do seu lado contribui, avalia.
“O Brasil hoje é uma fronteira exploratória muito importante. Nós estamos longe do Oriente Médio, não temos nenhum problema político, geopolítico, e o nosso porto é aberto, podemos exportar para quem quisermos”, afirma Ardenghy.
“Ninguém vai deixar de ir por causa disso. Mas, por outro lado, se [o Ibama] der a licença, acho que vai atrair mais gente”, disse a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos em entrevista exclusiva ao Broadcast, às margens da Offshore Technology Conference (OTC), em Houston.
Redação CNPL sobre artigo de Aline Bronzati / Broadcast
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