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Rival da Senna Tower sofre em Nova York  

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  • 2 de junho de 2025

Arranha-céu de Nova York, enfrenta processos milionários por defeitos estruturais e milhares de rachaduras

Foto: Divulgação/ FG Empreendimentos ND

Senna Tower, planejada para Balneário Camboriú (SC), será o prédio residencial mais alto do mundo, com 550 metros e 157 andares.

Com início de construção previsto para 2025, o projeto irá superar o 432 Park Avenue, de 425,5 metros em Nova York, antigo detentor desse recorde e que enfrenta queixas por falhas estruturais, vazamentos e problemas de habitabilidade.

Esses paralelos mostram os desafios técnicos e urbanísticos de erguer super torres residenciais.

A estabilidade estrutural é um obstáculo central. Segundo o projeto, a Senna Tower usará dois pêndulos de 1.000 toneladas (Tuned Mass Dampers) para atenuar vibrações e oscilações causadas por ventos, tecnologia semelhante à do 432 Park Avenue, que utiliza seis desses mecanismos.

Oscilações perceptíveis

Nesse grande prédio de Nova York, moradores relataram ruídos altos, oscilações perceptíveis e elevadores paralisados durante ventanias.

Conforme consta num processo de seus proprietários, as construtoras teriam escondido problemas estruturais importantes, incluindo milhares” de rachaduras na fachada do 432, segundo matéria do The New York Times.

Isso que mostra como é complicado prever o comportamento dinâmico dessas estruturas em alturas extremas.

A localização costeira de Balneário Camboriú, suscetível a ventos marítimos, aumenta o desafio.

Para evitar um cenário semelhante, a Senna Tower conta com a consultoria de Harry Poulos, responsável pelo Burj Khalifa, prédio mais alto do mundo atualmente, e ainda tem testes de vento realizados pela RWDI, empresa de engenharia especializada em vento e sustentabilidade.

Hidráulica

A infraestrutura hidráulica também é um foco de preocupação. O 432 Park Avenue sofreu vazamentos recorrentes, que danificaram apartamentos de luxo, devido à pressão extrema nos encanamentos em grandes alturas.

A Senna Tower, que será ainda mais alto e terá 228 apartamentos, vai exigir sistemas robustos para suportar alta demanda hídrica e evitar falhas parecidas.

Sua certificação LEED Platinum promete eficiência energética e hídrica, mas a execução em escala tão complexa será um grande teste.

Urbanismo

O impacto urbanístico é outro desafio. Se na estruturada Nova York, o 432 Park Avenue gerou críticas por sobrecarregar a infraestrutura local e causar sombreamento, em Balneário Camboriú, a Senna Tower, com cerca de 1.000 vagas de garagem, pode pressionar o limitado tráfego local, que não conta com grandes avenidas.

A possível baixa capacidade de reciclagem da cidade, combinada ao elevado volume de resíduos esperado, levanta preocupações.

A ampliação de 75 metros na faixa de areia da Praia Central foi necessária para mitigar o sombreamento, mas o impacto no trânsito permanece incerto.

Com entrega prevista entre 2030 e 2033, a Senna Tower certamente deve aprender com os erros do 432 Park Avenue e outras mega torres, só que os desafios de engenharia, sustentabilidade e integração urbana exigirão precisão para que o sonho de ser o maior do mundo não vire pesadelo para os seus habitantes e vizinhos.

Redação CNPL sobre artigo de  José Inácio Pilar / Revista Crusoé