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Emissões no exterior já somam US$ 15,5 bi e superam igual período de 2024

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  • 9 de junho de 2025

Apesar do valor maior, janelas para captações lá fora estão mais estreitas

Gerdau emitiu US$ 650 milhões em ‘bonds’ na quarta-feira Foto: Washington Alves/Estadão

O Brasil já levantou mais recursos no mercado de dívida externa em 2025 até agora do que no mesmo período do ano passado, apesar da imprevisibilidade que o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, trouxe aos mercados.

De janeiro a junho, o volume de emissões de títulos de dívida (bonds) no exterior soma US$ 15,5 bilhões, ante US$ 11,8 bilhões nos mesmos meses de 2024.

O Tesouro Nacional captou ontem, 4, US$ 2,75 bilhões e a Gerdau emitiu US$ 650 milhões. Foram duas transações muito bem recebidas, com demandas suficientes para cobrir muitas vezes o inicialmente oferecido e com custos adequados.

Os números não expressam, entretanto, o ambiente incerto e fora de padrão histórico em que empresas e bancos de investimento têm navegado este ano.

Por exemplo, não há uma fila de empresas aguardando uma janela de oportunidade no mercado de dívida norte-americano.

Isso porque as janelas não são óbvias e se abrem em frestas, a depender do que Trump fala e de como os juros norte-americanos reagem.

A consequência deste ambiente e do teor inflacionário das políticas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos tem sido, inclusive, um aumento nos prêmios dos papéis de empresas norte-americanas que passam a competir com o universo dos emergentes.

Desde o Liberation Day de Trump, no início de abril, as companhias de melhor classificação de risco (high grade) passaram a embutir prêmios elevados.

O que permitiu que Brasil, Gerdau e outras companhias latino-americanas fossem ao mercado de dívida ontem foi uma estabilização em alguns indicadores que os assessores financeiros e as empresas acompanham.

Entre eles, o prêmio de risco de um dos índices acompanhados pelo mercado de dívida com bonds de empresas high grade, que chegou a subir 25% nos dias seguintes ao Liberation Day e já se encontra em patamar anterior ao fatídico dia.

Mercado olha para grau de investimento 

Os executivos de bancos de investimentos à frente das operações comentam haver muita liquidez lá fora e que o movimento dos fundos que compram bonds tem ocorrido no sentido da seletividade dos nomes e em estratégias defensivas.

A Gerdau atraiu fundos locais norte-americanos que investem em empresas com grau de investimento globais, os quais ancoraram a operação, a partir de uma tese defensiva à elevação de tarifas de importação do aço por Trump, já que a empresa tem grande parte de sua produção nos EUA.

Empresas com o selo de grau de investimento são candidatas a serem bem sucedidas, dizem os especialistas.

O Tesouro, que não tem grau de investimento, mas é um emissor soberano, reabriu um título com vencimento em 2035, com custo igual à emissão original, feita no início do ano, apesar da mudança na perspectiva do risco País, de positiva para estável, feita pela Moody’s.

Mesmo fora do grupo das empresas com grau de investimento, o mercado oferece liquidez.

Mas, afirmou uma fonte, para essas é menos custoso levantar recursos no mercado de dívida local brasileiro.

Tanto que Petrobras, que era uma emissora frequente lá fora, está emitindo R$ 3 bilhões em debêntures aqui, em operação que ainda será precificada.

Redação CNPL sobre artigo de Cynthia Decloedt / Broadcast