Generic selectors
Somente termos específicos
Buscar em títulos
Buscar em conteúdo
Post Type Selectors
Buscar em posts
Buscar em páginas

Estoque de imóveis no Rio poderá terminar em sete meses

Outras notícias

...

Profissões que crescem com a popularização do trabalho híbrido

Veja as profissões que mais crescem com o modelo de trabalho híbrido e aproveite as novas oportunidades do mercado em…

BRICS debate como regulamentar uso da Inteligência Artificial

Luisa Canziani: "Queremos que a legislação acompanhe os desafios regulatórios" Vinicius Loures / Câmara dos Deputados No contexto dos países…

Itaipu troca convênio e banca obra para COP-30 receber navios de cruzeiros

Outeiro será transformado em terminal de navios durante a COP-30 (Foto: Divulgação/Companhia Docas do Pará) A Itaipu Binacional substituiu um…

Nova regra no check-in impacta viagens, veja o que muda

A partir de junho, a United Airlines exige check-in mais cedo para voos domésticos. Passageiros devem se adaptar à nova…
  • 1 de junho de 2025

Cidade tem 11.490 unidades à venda, das quais 39% estão na Barra da Tijuca

 Na Barra da Tijuca, estoque de imóveis para venda poderá terminar em nove meses Shutterstock

A cidade do Rio tem hoje 11.490 unidades à venda (resultado de março), número que representa sete meses de estoque. Ou seja, se não houver lançamentos e a velocidade de vendas permanecer a mesma, todo o estoque terminará em sete meses.

De acordo com pesquisa da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário) e do Sinduscon Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica e a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), esse total representa queda de 15% na comparação com o fechamento de março de 2024.

“No Rio, 67% destes imóveis estão concentrados em unidades de dois quartos. Além disso, 44% são do segmento médio, quer dizer, fora do programa Minha Casa, Minha Vida, com valores acima de R$ 350 mil e abaixo de R$ 1,5 milhão”, afirma Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio.

Ele diz ainda que, analisando somente a Barra da Tijuca, o percentual é de 39%. “Isso significa que o bairro tem um estoque que poderá se esgotar em nove meses”, alerta Hermolin, completando que, como o mercado está aquecido, é necessário novos empreendimentos.

Para Marcos Saceanu, presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), o estoque do Rio, fechamento do primeiro trimestre, é o menor de todas as capitais do Brasil.

“O estoque médio que temos hoje no Rio equivale a aproximadamente 6 meses de vendas. A Barra, por exemplo, é um dos bairros onde o nível de estoque está baixo. Em 2024, com o alto volume de unidades vendidas, o estoque reduziu bastante. O momento é oportuno para novos empreendimentos”, observa Saceanu.

Gusthavo Pereira, delegado Regional do Recreio e integrante da comissão temática de Compra e Venda do Creci-RJ (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) complementa que o quadro se agrava por conta do atual contexto econômico.

Ele lembra que as taxas de juros mais altas têm impactado diretamente a capacidade das construtoras de lançarem empreendimentos.

“O crédito está mais caro, os recursos estão mais escassos, e muitas empresas têm optado por desacelerar seus lançamentos. Isso cria um ciclo preocupante: menos lançamentos, menos oferta, e, consequentemente, um estoque que não se renova na velocidade necessária para acompanhar a crescente demanda”, analisa Pereira.

Paralelamente, segundo o executivo, o Rio vive um momento muito positivo para o turismo.

“O ano de 2023 foi recorde em visitantes, 2024 está seguindo no mesmo ritmo, e as projeções para 2025 são ainda mais otimistas. Esse aquecimento do setor turístico tem impulsionado fortemente a locação de curta temporada por meio de plataformas digitais, reduzindo ainda mais a disponibilidade de imóveis tanto avulsos quanto recém-lançados para venda no mercado tradicional”, explica Pereira.

O delegado do Creci-RJ traz outro fator: a locação de longo prazo.

“Com os juros altos, muitos investidores têm migrado da venda para a locação, enxergando nesse modelo uma forma mais interessante de rentabilizar seus ativos. Em várias regiões, o retorno do capital investido com aluguel já supera 0,5%, o que, em alguns casos, se mostra mais atrativo do que a própria renda fixa. Isso tem tornado a locação um destino preferencial para imóveis que antes estariam à venda, pressionando ainda mais o já limitado estoque disponível”, considera Pereira.

Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio (Sindicato da Habitação), confirma o cenário, mas, para ele, o número não é alarmante, pois o mercado imobiliário carioca se ajusta.

“O Rio começou o ano bem aquecido, apesar dos juros mais altos (atualmente a Selic – taxa básica – está em 14,75% ao ano). Então, o setor se renova. E o segmento de aluguel também sempre acaba sendo uma alternativa”, comenta Schneider.

Já com relação à Barra, ele concorda que os lançamentos diminuíram, levando em consideração estudos do Secovi Rio. Para ele, isso acontece porque há outras vertentes de novos projetos na cidade.

Redação CNPL sobre artigo de  Cistiane Campos / mercadoimobiliario.net