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A mineração voltou a se consolidar como um dos pilares da balança comercial brasileira em 2025.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), no primeiro trimestre do ano, o setor foi responsável por 77% do saldo da balança comercial do país, mesmo enfrentando uma retração nas exportações em dólar.
O superávit entre exportações e importações de minérios alcançou US$ 7,68 bilhões, contra um saldo total de US$ 9,98 bilhões da balança comercial brasileira.
Em comparação, ao longo de todo o ano de 2024, essa participação havia sido de 47%, o que revela o avanço expressivo do setor no início deste ano.
Apesar de um recuo de 13% nas exportações em valores de dólar, causado principalmente pela queda nos preços internacionais do minério de ferro, o faturamento da indústria mineral brasileira cresceu 8,6%, somando R$ 73,8 bilhões no trimestre.
O minério de ferro, que segue como principal produto da pauta mineral, gerou R$ 38,8 bilhões — valor que representa 53% do total do setor, mesmo com uma retração de 12% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Arrecadação e empregos
A arrecadação de tributos gerados pela atividade mineral também apresentou crescimento.
Foram R$ 25,5 bilhões em impostos, um avanço de aproximadamente 8% na comparação com o mesmo período do ano passado.
No mercado de trabalho, a mineração registrou até março 223 mil empregos diretos, com destaque para a geração de mais de 2 mil novas vagas nos primeiros meses de 2025.
Potencial estratégico e demanda global
Para o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, o Brasil está bem posicionado para liderar a oferta global de minérios críticos e estratégicos, que são cada vez mais demandados por setores como energia, tecnologia, defesa e descarbonização.
“A perspectiva para a mineração no Brasil é extremamente positiva, O mundo está buscando novas fontes de insumos para a transição energética e o país tem o que oferecer nesse sentido”, afirmou Jungmann em coletiva recente à imprensa.
Sobre a guerra tarifária entre potências como China e Estados Unidos, Jungmann minimizou os impactos diretos sobre a mineração brasileira, mas alertou para o efeito indireto sobre o comércio global: “essas disputas podem desacelerar a economia mundial. China e EUA representam 45% da corrente de comércio global”.
Investimentos previstos até 2029
O setor prevê investimentos de US$ 68,4 bilhões até 2029, distribuídos principalmente em:
Os estados que lideram em volume de aportes são:
Brasil e o protagonismo mineral no cenário global
Mesmo diante da volatilidade do mercado internacional, a mineração brasileira prova sua resiliência e importância.
O desempenho expressivo no primeiro trimestre de 2025 evidencia a capacidade do setor de manter o superávit comercial nacional, impulsionar empregos e atrair investimentos bilionários.
A demanda por minérios estratégicos, aliada à vocação geológica do país, reforça o potencial do Brasil como líder global na nova economia verde e digital.
Redação CNPL com informações do Jornal Opinião Goiás
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