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Quanto ganha um corretor de imóveis no Brasil?

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  • 25 de março de 2024

O corretor é o único profissional que pode administrar imóveis de terceiros e tem autorização, através de procuração, para comprar, vender, alugar e avaliar tais propriedades.

Trata-se de um profissional liberal, que trabalha por conta própria, mas deve estar registrado no conselho regional de onde atua.

Como não há vínculo empregatício, é comum se questionar quanto ganha um corretor de imóveis no Brasil.

Respondemos essa e outras questões relacionadas à carreira abaixo. Confira!

O que faz um corretor de imóveis

Segundo Robert Souza da Silva, professor do departamento de Ciências Contábeis, Imobiliárias e Administração da UFMA, o corretor de imóveis é o profissional que auxilia e orienta os seus clientes (prospectos proprietários) na compra de imóveis para diversas finalidades, como residenciais, comerciais, incorporação e investimento.

“O corretor é imprescindível para a compra, venda e aluguel de imóveis, pois possui a experiência de mercado, tratativas com proprietários e clientes, e trâmites documentais, cartoriais, etc.”, diz.

Enquanto corretor, também é possível atuar na locação imobiliária, prospecção de terrenos para a construção e na avaliação de preço de mercado – seja para fins particulares, seja para a Justiça.

Ou, ainda, trabalhar como correspondente bancário, despachante documental, administrador ou consultor de imóveis e condomínios, e síndico profissional.

“É o único profissional que pode administrar imóveis de terceiros, com autorização para comprar e vender (através de procuração), alugar e avaliar imóveis”, explica Izidro Ceolin Filho, coordenador do curso técnico de Transações Imobiliárias do Senac EAD.

O que devo fazer para me tornar corretor de imóveis?

Para se habilitar como corretor de imóveis, é preciso que o interessado conclua o curso técnico de Transações Imobiliárias ou a graduação em Gestão em Negócios Imobiliários ou Ciências Imobiliárias.

Com o diploma em mãos, é preciso, então, inscrever-se nos órgãos fiscalizadores para obter a licença profissional, como o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI).

Conforme José Augusto Viana Neto, presidente do CRECI-SP, o interessado deve levar o diploma ao órgão de sua região e requerer a inscrição definitiva, cuja taxa de anuidade é de R$ 852 em São Paulo.

“Trinta dias após ter se matriculado no curso, pode-se requerer um registro de estagiário no CRECI, e o indivíduo já pode começar a trabalhar e ter uma renda como estagiário, supervisionado por um corretor de imóveis”, comenta.

Média salarial do corretor de imóveis

Como o corretor de imóveis é um profissional liberal – ou seja, trabalha por conta própria e não tem o trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) –, não conta com um piso salarial para a profissão.

Portanto, a remuneração é feita através de honorários, é relativa e não tem limites.

“Existe uma disparidade muito grande na renda dos profissionais corretores de imóveis – há profissionais que ganham muito dinheiro em razão do perfil do cliente que atendem. Há outros que, mesmo trabalhando muito, a sua renda não é tão elevada porque o tipo de imóvel com os quais eles trabalham são mais baratos ou locações de baixo valor, que proporcionam uma remuneração baixa”, explica José Augusto.

Izidro acrescenta que os honorários dependerão das negociações prováveis de agenciamento, venda ou avaliação, e também do empenho e trabalho do próprio corretor.

“Temos corretores de muito sucesso que vendem na faixa de 50 milhões por ano, com ganhos em média de 5% de honorários de corretagem”, diz.

Ele acrescenta que, no Brasil, o valor médio de honorários é de 6% a 10%, e o estado de São Paulo acompanha esses valores.

“Mas algumas construtoras estão trabalhando na faixa de 4% para os imóveis novos”, comenta.

Já segundo o presidente do CRECI-SP, a média salarial de um corretor de imóveis no Brasil era de cinco salários-mínimos, conforme uma pesquisa de mercado acompanhada pelo órgão que, em breve, será atualizada. No estado de São Paulo, o número subia para sete salários mínimos.

?Ele acredita, porém, que, atualmente, a renda média de um corretor de imóveis já esteja por volta de dez salários-mínimos.

pelos Qual deve ser o valor cobrado honorários

Os corretores de imóveis trabalham com base em um sistema de comissionamento e honorários – ou seja, recebem um percentual pela transação imobiliária, previamente acertado com clientes ou imobiliárias.

Se a visita ao imóvel demandar grandes deslocamentos, hospedagem e outros gastos, o corretor pode combinar um aumento dos seus honorários com o cliente — Foto: Freepik / Drazen Zigic / Creative Commons

“Quando o corretor de imóveis trabalha associado a um escritório imobiliário, ele ganha de 1% a 2% do valor do imóvel cuja venda intermediou”, informa José Augusto.

Para os que trabalham sozinhos, os CRECIs de cada região dispõem de uma tabela referencial para honorários na qual o corretor pode se basear a fim de definir o valor que receberá pelo trabalho em questão.

Mas, segundo José Augusto, o profissional pode estabelecer um valor que julgar adequado a depender da característica daquela intermediação. Por exemplo, se o imóvel estiver fora da cidade e demandar gastos com passagens aéreas, hospedagens e alimentação, o honorário pleiteado pode ser mais alto.

Como um corretor de imóveis pode aumentar sua receita?

Para o corretor que deseja aumentar a sua receita, há alguns caminhos. O mais óbvio é que, com esta habilitação, normalmente, há uma boa capacidade de produzir documentos imobiliários – como contrato de compra e venda, de promessa e de cessão de direitos, de permuta, etc.

Há algumas formas de aumentar a renda enquanto corretor. Uma delas é realizar também avaliações de preço de mercado — Foto: Freepik / Creative Commons

“Outra linha de trabalho do corretor de imóveis é fazer uma avaliação de preço de mercado da propriedade imobiliária, e boa parte da categoria se dedica exclusivamente a fazer essas avaliações”, diz o presidente do CRECI-SP.

Já outros preferem trabalhar como assistentes técnicos de advogados nas ações judiciais, enquanto boa parte dos corretores acaba também atuando como peritos judiciais nomeado por juízes.

Como o corretor não tem horário definido para trabalhar, pode organizar a sua agenda e as suas funções conforme achar melhor, o que garante algumas possibilidades de renda extra.

Essa oportunidade é alimentada por uma maior qualificação e preparação sobre o mercado onde o profissional atua, por isso, é importante estar sempre a par das novidades e dos avanços na área.

Abaixo, Izidro dá outras dicas para impulsionar os resultados enquanto corretor de imóveis:

  1. Qualifique-se constantemente;
  2. Faça boas avaliações de imóveis, compreendendo os pontos positivos e negativos da região;
  3. Invista em anúncios de qualidade nos canais de comunicação (redes sociais e afins);
  4. Ofereça uma experiência de venda completa ao cliente, ou seja, um atendimento de qualidade desde o primeiro orçamento até o pós-venda;
  5. Aproveite eventos do setor, para fazer networking com empresas, construtoras e demais empresas.

Redação CNPL com informações do expresso.arq