Generic selectors
Somente termos específicos
Buscar em títulos
Buscar em conteúdo
Post Type Selectors
Buscar em posts
Buscar em páginas

Trabalho versus capital

Outras notícias

...

Skype é aposentado pela Microsoft; relembre a história da plataforma

Em seus dias de glória, a plataforma chegou a ter 300 milhões de usuários ativos Black man talking with friends…

Riscos psicossociais passam a integrar o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), a partir de maio

Nova exigência da NR 1 obriga empresas a adotarem medidas para identificar e combater fatores que afetam a saúde mental…

Portugal vai notificar milhares de imigrantes, incluindo brasileiros, para que deixem o país

Imigrantes terão 20 dias para se retirarem do território de Portugal. Aqueles que não cumprirem o prazo, serão submetidos a…

Distribuição de dividendos com base em dias de trabalho é validada pelo STJ

Os sócios têm liberdade para adotar regras distintas daquelas previstas no Código Civil quanto à distribuição de dividendos da sociedade empresária, desde…

(*)Rogerio Sampaio
 
Desde cedo, na chegada ao Congresso Nacional, mesmo aqueles já minimamente acostumados com suas rotinas de grandes decisões, pressentiam que esse seria um daqueles dias de embates fundamentais, envolvendo campos ideológicos e políticos opostos em tudo: patrões e trabalhadores buscavam resolver na votação em plenário, matéria fundamental para as relações de produção, trabalho e emprego no País, representado pela aprovação ou rejeição do Projeto de Lei 4330/2004, de autoria do então deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que na prática amplia os casos em que pode ocorrer a terceirização no Brasil.

A matéria, que tramita há 11 anos no Congresso chegou, enfim, no instante decisivo de sua votação, em um momento desigual para as forças envolvidas na batalha. De um lado a bancada empresarial, forte, unida e coesa. De outro a bancada trabalhista e sindical bastante esvaziada após a eleição do ano passado, onde perdeu força e substância.

 
Não bastasse enfraquecida no fator numérico, a bancada laboral também não conseguiu o reforço popular nas galerias, que foram vetadas aos populares, trabalhadores e sindicalistas. Mas, não só as galerias. As dependências do Congresso Nacional também foram fechadas aos trabalhadores e representantes dos movimentos sindicais, malgrado empresários e representantes de federações patronais desfilassem livremente pelos corredores, Salão Verde e até mesmo dentro do Plenário da Câmara.
 
Esse tratamento desigual por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pode ter sido um dos estopins para o acirramento de ânimos que permeou todo o decorrer das discussões sobre o PL, tanto dentro do Plenário como nas circunvizinhanças da Câmara, onde trabalhadores, policiais e, até mesmo parlamentares, trocaram agressões e xingamentos, em claro prejuízo para a democracia.
 
E o pior é que para hoje, continuação da votação do projeto de lei, as expectativas são as mesmas. Que em vez do debate técnico e racional sobre a matéria, que é reconhecidamente lesiva aos interesses do trabalhador, que precariza relações de trabalho e enfraquece o movimento sindical, se sobreponha a votação terminal do PL, sem que todos os pontos necessários à construção de um amplo entendimento tenham sido minimamente conquistados.
 
Trabalho versus capital continua sendo uma luta injusta e desigual, infelizmente.
 
(*) Jornalista – Assessor de Imprensa CNPL
 

]]>